Em Santa Catarina, foram mais de 372 mil demissões nos setores de comércio e serviço
Foto: Lucas Amorim |
Uma pesquisa divulgada nessa terça-feira, dia 12, pelo Sebrae/SC, em parceria com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio/SC) apontou que 530.254 catarinenses já perderam o emprego desde o início da quarentena. A maior parte das demissões ocorreram nos setores de comércio e serviço, que, somados, desligaram 372.179 funcionários. Para o presidente da Fecomércio/SC, Bruno Breithaupt, o número poderia ser menor caso o transporte coletivo tivesse liberado em Santa Catarina.
“O que nós escutamos dos empresários do comércio é que as demissões continuaram acontecendo em função, principalmente, por conta de o transporte coletivo não ter sido liberado. Acreditava-se em uma eventual possibilidade do transporte coletivo voltar a funcionar e esse número de demissões seria muito mais baixo”, afirmou.
Diferentes são as tentativas para convencer o Governo de Santa Catarina a autorizar a volta da circulação dos ônibus, desde protesto de trabalhadores e empresas, movimentos de entidades e até ações judiciais. O episódio mais recente aconteceu na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
Dois projetos para tornar o serviço essencial no Estado, um do deputado Sargento Lima (PSL) e outro deputados Jerry Comper e Luiz Fernando Vampiro, ambos do MDB, foram agrupados e serão levados para votação em plenário. O Projeto de Lei (PL 135/2020) reconhece o transporte coletivo urbano municipal e intermunicipal de passageiros como essenciais para população, mesmo durante a vigência da pandemia.
“Hoje ainda é uma demanda muito forte dos empresários, principalmente nas grandes cidades, onde o transporte coletivo tem papel preponderante no deslocamento dos trabalhadores”, acrescentou o presidente da Fecomércio/SC. O transporte coletivo em Santa Catarina segue suspenso por tempo indeterminado.